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Como ajudar o meu filho a lidar com o isolamento?

O que andamos a perceber por estes dias é que a escola não é só estudo. Aliás, a parte dos estudos e aprendizagens parece ser só um complemento...


Nos últimos tempos, se calhar, assistiu aí por casa a acessos de fúria, bater de portas, respostas azedas e até mesmo "odeio-te!".


A verdade é que, no contexto do COVID-19, o stress infantil aumentou. E essa situação de pressão reflete-se no comportamento do seu filho, seja ainda pequenino, ou um adolescente de barba!


Nas crianças mais novas, a frustração é reflexo das limitações das oportunidades de brincar, das saudades da família alargada e dos cuidadores e amigos do jardim de infância. Por isso, acontecem aquelas explosões que parecem vir do nada!

Mas também têm medo: não compreendem o vírus, a doença ou a morte. Com medo, podem surgir as perturbações de sono, os pesadelos, a enurese. E vem a procura do contacto físico, a vontade de proximidade e do aconchego.


As crianças em idade escolar, neste confinamento, têm a sua vida social suspensa. Não é só a dos pais. Gostam do seu melhor amigo, confiam-lhe os primeiros segredos, aprendem a resolver conflitos e percebem as consequências dos seus atos. Mas, de repente, onde foi parar esta parte?


Também os adolescentes entram em colapso, e temos que o saber valorizar. Apesar de passarem o ano a resmungar porque têm de acordar cedo, porque há trabalhos de casa para fazer, e da seca da aula de história... A alguns falta-lhes aquele professor especial que os sabe ouvir, a outros os treinos de basquete (em que são mesmo bons!), outros ainda andaram a poupar para a viagem das férias que já não vão poder fazer com o grupo...

A verdade é que, de um dia para o outro, perderam o seu grupo, a sua privacidade e independência. E, como se não bastasse, estão constantemente com os pais! SOCORRO!!


Os comportamentos que temos em casa nestes dias não são indisciplina! O que parece "mau comportamento" é um sinal de medo, stress, preocupação e frustração.


Saber ler o seu filho, dar-lhe espaço, perceber o que ele está a pensar e a sentir é respeitar a sua individualidade. Ajudá-lo a ultrapassar esta fase é crucial.


Assinalar o dia da criança é bom. Mas não nos podemos esquecer que todos os dias são dias da criança.




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